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Como sou humano também tenho meus limites, as vezes instransponíveis. No dia 29/11 era meu aniversario, mas a “minha” data ficou infinitamente menor. O acidente com os meninos, equipe técnica da CHAPE, os jornalistas e tripulantes assumiu uma conotação maior. O dia não era mais meu, era deles e será deles para sempre, jamais esquecerei. Jamais esqueceremos.

Hoje assumo uma posição mais tranquila. O coração já baixou a bola. As palavras assumem o controle e me permitem escrever. Não é fácil não, acreditem, pois colocar sentimentos, pensamentos ate gestos em palavras é muito difícil.

Ao raiar do dia 29 levantei-me às 5hs como de costume, e me preparei para começar o dia do meu aniversario. Ledo engano. O dia passava a se chamar CHAPECOENSE. Com um pingo de dor no coração cedo aos meninos este dia e honremos a eles.

Perdemos jogadores, equipe técnica, jornalistas, tripulação, pais, filhos, irmãos, irmã, amigos, colegas, companheiros. Perdemos muito e o Brasil nunca havia passado por isso antes. Como administrar isso? Por que isso foi acontecer com uma galera tão jovem? Só sei que NÃO SEI!

Expliquem-me como se eu tivesse 5 anos de idade, pois do alto da minha idade sou incapaz de entender. Fatalidade, dirão alguns. Fim de missão, dirão outros. Acidente, outros ainda. Nada me serve.

Com um misto de tristeza, dor e alegria, assisti a homenagem realizada ontem no estádio onde a CHAPE deveria jogar contra o Atlético Nacional. A Colômbia deu um exemplo para o mundo, que este o siga.

O que podemos tirar desta tragédia? No meu entendimento, que somos humanos e passiveis destas fatalidades. Não me concentro em erro ou culpa.

Estamos no terceiro dia deste evento infeliz e temos que seguir em frente. Para nós que não somos ligados diretamente é fácil. E as famílias?

Não nego a dor, seria muito pequeno de minha parte. Dói perder uma vida, qualquer vida. Nenhuma morte é justificável.

Saudades é a palavra-chave que configura este momento, pois é só o que vai restar.

Esperança, somos movidos por ela de que um dia isso vai passar, será?

Descubro que CHAPECOENSE tem onze letras, o mesmo numero de jogadores que entram em campo. Em cada jogo que entrarem em campo, daqui para frente, os onze serão sempre CHAPECOENSE!

#JESUISCHAPE

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