Na coluna anterior falei sobre falsos profetas, hoje vou conversar com vocês sobre os messias das (in)justiças, e olhem que não são poucos.

Assisti a uma ficção determinada vez, chamada “O Juiz”, com Stallone que tratava do julgamento imediato, por um agente de polícia especial, das infrações cometidas por alguém, visto que os juízes e tribunais haviam sido extintos por corrupção. Somente estes agentes eram submetidos a uma corte que é extremamente injusta contra o personagem. (by Mauricio). Ele funcionava como promotor, defensor, juiz e executor da pena, qualquer que fosse ela. (by Mario)

No meio jurídico brincamos dizendo que juízes de primeira instancia acham que são deuses; os de segunda instancia tem certeza; já os de terceira instancia tem pena dos dois abaixo; e os de quarta instancia nem conhecem os outros três, estão muito acima disso tudo! Será que estão?

“Justiça tardia não é justiça, senão injustiça qualificada e manifesta.” Rui Barbosa

Vivemos um festival de injustiça, ainda que ações milimétricas, de alguma forma, tentem compensar, mas não compensam. Se o crime não compensa, a justiça, pelo visto, também não. Uma vergonha institucionalizada. A justiça é dada a alguns, enquanto a outros em situação idêntica, é mero pó. Tristeza!

Vejam bem, não estou generalizando, mas isolando, pois estes messias da injustiça costumam atender aos interesses de poucos, normalmente, abonados senhores dos mais variados crimes, ao passo que o ser humano normal é obrigado a mitigar por uma justiça mínima. Dá-se demais a quem tem muito e nada a quem nada tem.

O desequilíbrio é tão grande que muitas vezes quando um “louco” no judiciário distribui com equanimidade a justiça, é tido como um pária do grupo. Entendam que me concentro na ideia de que os “messias da injustiça” nada mais são do que mísseis teleguiados, aos seus próprios interesses, de seus protegidos, de seus egos e de suas vaidades pessoais.

Salomão já dizia em Eclesiastes: Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade. Eclesiastes 1:2

A justiça tem que ser, em primeiro lugar, justa. Em segundo lugar tem que ser equilibrada, seja em suas decisões, seja em seus destinatários. Em terceiro lugar ela tem que ser célere e rápida. Em quarto lugar ela tem que ser efetiva. Sonhamos demais com um país de justiça ampla, geral e irrestrita, porem vivemos em um pesadelo sem fim. Sem justiça!

Que a justiça cumpra com suas funções, afinal, se não houver justiça o que mais haverá?

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