Na semana da páscoa, o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, concedeu liminar ao ex-senador Demóstenes Torres, lhe permitindo concorrer ao cargo de senador em 2018, em que pese o senador ter seus direitos políticos cassados até 2027. O mesmo Dias Toffoli concedeu prisão domiciliar ao deputado federal Paulo Salim Maluf e ao deputado estadual carioca, Jorge Piciani. Talvez, o leitor, ache que Dias Toffoli, tomado pelo sentimento cristão, tenha se compadecido dos apenados, e decidido a seu favor imbuído pelo sentimento pascal. Ledo engano, o ministro, claramente, pertence a turma de ministros do STF, que usa da política como um trampolim, para o seu sucesso. São seus companheiros, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Aliás, Dias Toffoli, bacharel em direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (1990), foi professor colaborador no curso de pós-graduação desta instituição, além de lecionar direito constitucional e direito de família no Centro de Ensino Unificado de Brasília. Ingressou na advocacia em 1991, tendo sido consultor jurídico na Central Única dos Trabalhadores (CUT) de 1993 a 1994, assessor parlamentar na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo em 1994 e assessor jurídico da liderança do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados de 1995 a 2000. Atuou como advogado de três campanhas presidenciais de Luiz Inácio Lula da Silva, nas eleições de 1998, 2002 e 2006. Foi subchefe para assuntos jurídicos da Casa Civil da Presidência da República de 2003 a 2005. Em 2007, foi indicado por Lula para o cargo de Advogado-Geral da União, permanecendo neste até 2009, quando foi indicado pelo mesmo presidente ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal. Dias Toffoli, tivesse um pouco de formação de magistrado e apreço a imparcialidade, deveria dar-se por impedido nos julgamento de Lula, mas, assim como seus parceiros de toga do STF, o que Dias Tofolli busca é o resultado, para seus benfeitores. Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Marco Aurelio Mello e recentemente, o decano Celso Mello, são do grupo que defende aos bandidos deste país, recorrerem até que se esgotem todos os recursos cabíveis, ou seja, haveria apelações, embargos de declaração, embargos infringentes, recurso especial e recurso extraordinário, para citar alguns, dos intermináveis recursos. Os bandidos da Lava Jato festejam este entendimento. O Executivo, leia-se Dilma, antes de ser defenestrada do poder, tentou barrar a Lava Jato. O legislativo, com apoio dos governistas e de oposicionistas malandros como Aécio Neves, tentou barrar a Lava Jato, mas não conseguiram, e, nunca se imaginou que partisse da grande casa do Judiciário, uma manobra tão sórdida, valendo-se do Habeas Corpus de Lula, para soltar a cambada de gatunos que dilapidou a nação. Contra essa turminha, Carmem Lucia, Fux, Barroso, Edson Fachin, Alexandre de Moraes. E aí, a incógnita, a gaúcha Rosa Maria Weber Candiota da Rosa, conhecida como Ministra Rosa Weber, de formação trabalhista, como juíza, desembargadora, ministra do TST e atualmente no STF. Pois é, ao poético Brasil, caberia ter seu destino, decidido por uma Rosa, a Rosa Rosa. Esperemos, que Rosa Weber, leia, o documento assinado por 5 mil operadores do Direito, juízes e procuradores. Esperemos que Rosa lembre-se que seu povo escorraçou os corruptos na Revolução Farroupilha de 1835 e no mês de março de 2018, se sublevou contra os desmandos de um ex-presidente arrogante e narcisista. Dia 04 de abril, saberemos, se Rosa é flor, ou apenas espinho.  Que ela lembre da frase de Sergio Moro: “Somos muito zelosos com o devido processo legal. A gente segue a lei, os outros a política.”

 

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