A DOR ENSINA A GEMER. Os antigos sempre ensinaram esta máxima e que é uma verdade cabal e, diga-se de passagem dolorosa. Mas que ensina a gemer, ensina.

Trago esta expressão para tratar de uma dor que estamos vivendo nestas prévias de eleições onde o futuro é incerto e altamente não sabido, a dor de não termos lideres ou expectativas de líder.

A relação é tão absurda que nos últimos dias percorreu pelas redes sociais um áudio de origem questionável ou sem comprovação, sobre a rotina do presidiário mais famoso do sistema penal, o ex-presidente. O áudio conta da situação penosa que o mesmo estaria vivendo, não pelas acomodações ou muito menos tratamento, mas em virtude de uma abstinência etílica, vejam que absurdo.

O absurdo não parou no áudio e foi mais além, pois uma revista de grande circulação traz a rotina do preso, como matéria de capa. Será que não temos outros problemas de maior gravidade para serem estampadas em capas de revistas? Será que está tudo bem, ou pior, não há nada de novo o no front?

Saúde é uma droga. Segurança não nos dá nenhuma segurança. Educação é muito mal-educada. Transportes estamos a pé, sem trocadilhos. Mas vivemos em uma utopia.

Na década de 1970, meu professor de história, Espinheira, ensinou que utopia era uma coisa muito bonita, mas irrealizável. É verdade, o Brasil é um país muito bonito, mas irrealizável. Como disse Tom Jobim: “O Brasil não é para principiantes ou amadores. ” O cabra tem que ser profissional.

Sejamos claros, a dor está ensinando a gente a gemer há muito tempo, será que não para nunca? Será que não teremos um refresco?

Passada a ditadura militar achávamos que viveríamos nos céus, mas parece que ainda não saímos do inferno e que vamos continuar lá por muito tempo. Inadmissível! Uma vergonha!

As eleições se aproximam e não vemos uma nesga de luz no fim do túnel, pelo contrário ainda estamos perdendo o trem da história com a grande oportunidade de fazermos história. O grande vagão deste trem é aquele que diz nas suas laterais: NÃO REELEJA NINGUEM!

O trem das eleições já partiu há muito da estação ferroviária chamada ESPERANÇA e segue em seus trilhos com destino incerto e não sabido. No momento encontra-se parado na estação TRISTEZA, pois é uma tristeza as expectativas nas quais nos encontramos, sabe-se lá quais serão as próximas estações.

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