Uma onda de boatos envolvendo um possível retorno da greve dos caminhoneiros, que deixou o país bagunçado no final de maio de 2018, está tomando conta do WhatsApp desde o último final de semana. Um dos mais graves rumores afirma que o governo brasileiro determinou que fossem suspensos os serviços do aplicativo de troca de mensagens instantâneas, a fim de complicar na articulação política das lideranças grevistas.

Entretanto, as lideranças grevistas foram entrevistadas pela mídia acerca do boato: Wallace Landim e Salvador Edmilson Carneiro, responsáveis por grupos de caminhoneiros que planejaram a greve do mês de maio, reafirmaram que não há planos por parte das forças sindicais para declarar uma nova paralização, mas que há um ato marcado para ocorrer no dia 12 de setembro, em frente à sede da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em Brasília. “Acho que [iniciar uma greve agora] é um tiro no pé. Tem gente infiltrada tentando usar a categoria como massa de manobra”, disse Landim à Folha de S. Paulo.

Não vai acabar em pizza

Segundo nota divulgada pelo Ministério da Segurança Pública, o ministro Raul Jungmann determinou que a Polícia Federal investigue mensagens no WhatsApp com informações falsas relacionadas à greve dos caminhoneiros desde a última segunda-feira (3). No entendimento do ministro, a desinformação pode “provocar desordem pública”. A nota emitida ainda afirma que “As mensagens se enquadram na categoria de fake news e seus autores e veiculadores podem responder por crime contra a economia popular e por publicidade enganosa”, deixando claro que a veiculação dessas informações falsas pode causar transtornos à população e prejuízos para produtores.

A nota também menciona os dispositivos legais que apoiam a ação: “A pena total para quem cometer crime contra a economia popular e ferir o Código de Defesa do Consumidor, conforme legislação citada, é de detenção de 4 anos e 9 meses até 18 anos, mais pagamento de multa”.

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