Nesta terça-feira (23), completa três anos da tragédia da queda do muro do Estádio Geraldão, em Barreiras. Em outubro de 2015 os fortes ventos provocados pela chuva derrubaram o muro, que resultou na morte da adolescente Kaline Stefanni Lopes Santos, de 17 anos, e feriu gravemente Eliane Silva Queiroz, de 33 anos.

Três anos depois da tragédia, as vidas dos familiares das vítimas mudaram completamente. Eliane sofreu lesões na coluna e perdeu os movimentos dos membros inferiores e ficou internada no Hospital do Oeste por quatro meses. Durante esse tempo, ela ainda se recupera da tragédia.

“Ela hoje está bem e mora com os pais, mas ainda tem uma escara que está cicatrizando. A prefeitura de Barreiras disponibiliza enfermeiras e medicamentos para ela, mas ainda existem mais quatro processos esperando a justiça marcar as audiências. Estamos ainda tentando marcar uma cirurgia na coluna para ela”, disse o taxista Alexandre, marido de Eliane.

Na época do acidente, as filhas do casal tinham 10 e 1 ano. Alexandre conta que o apoio das duas famílias foi fundamental para a criação das meninas durante esses anos difíceis. “Os avós ajudam bastante a cuidar delas, principalmente a noite quando é a minha vez de cuidar da Eliane. Eu troco as fraudas, dou banho e alimento. Hoje mesmo, acho que em decorrência da data, a minha filha falou que está com saudade da mãe e vou levar ela lá para ficar perto da mãe”, informou o taxista.

Tragédia anunciada

O Estádio Municipal Geraldo Pereira da Silva, o Geraldão, foi inaugurado na década de 1960 e tem capacidade para 7 mil espectadores. Na época, moradores já reclamavam que o mura já dava sinais de que cairia a qualquer momento, mas os apelos foram ignorados.

Na hora do acidente, quatro pessoas passavam pelo local e foram atingidas pelos escombros. Kaline morreu ainda no local do acidente e Eliane foi socorrida pelo SAMU em estado grave.

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