A estudante de Barreiras de Pedagogia da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Janinne Pires Ferias tem surdocegueira e é a primeira surdocega congênita a cursar o ensino superior, sendo uma inspiração para muitos. O maior desafio enfrentado atualmente pela estudante é o descumprimento do seu direito de assistir as aulas, por falta do acompanhamento especializado dos guias-intérpretes e brailista.

A falta de contratação desses profissionais pela instituição acarreta no descumprimento de um direito constitucional. Desde a semana passada, muitas pessoas se solidarizaram com Janinne e iniciaram um campanha nas redes sociais para que ela continue a estudar.

O site Mais Oeste entrou em contato com a Uneb e obteve a seguinte resposta:

No campus IX, Janine sempre teve um Brailista e dois guias intérpretes. Pagos pela Administração Central. A questão é a formatação do contrato, são contratados como técnicos de 20 horas. Na UNEB não tem no seu quadros de funções efetivas esses profissionais, como o professor da Sala de Atendimento Educacional Especial (AEE).

Em um esforço, a PRAES conseguiu formatar processo para contratação desses profissionais ampliando a equipe e a carga horária, de 3 para 5 e de 20 para 30 horas (a carga horária de 40 horas foi negado pela secretaria de Administração do Estado) com ampliação do valor dos salários desses profissionais. Os processos estão na SAEB. Com publicação a partir de fevereiro, para começarem a atuar em março.

Este mês de dezembro vão receber em forma de indenização. Tudo isso informado e conversado com a atual equipe e com os familiares. Não procede a informação que não haverá contratação para o próximo semestre. Estranhamos a divulgação dessa campanha. Desqualifica todo o empenho feito pela PRAES e pelo departamento para resolver o problema.

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