A chuva dos últimos dias está atrapalhando os trabalhos de colheita da soja em Santa Catarina. Até o momento, o estado está com 40/50% do total colhido e os trabalhos deve seguir até o início do mês de maio, ao invés de se encerrarem em abril como costuma acontecer no estado.

A região oeste, próxima à fronteira com a Argentina, foi a que plantou mais cedo e mais sofreu com as adversidades climáticas, registrando quedas girando os 20% na produtividade. Conforme a colheita foi avançando para outras regiões do estado e atingindo áreas plantadas mais tarde, essa queda foi diminuindo e a expectativa já é de média de produtividade próximas as do ano passado, na casa das 60 sacas por hectare.

Quando olha para o mercado, o produtor catarinense encontra um bom número de possibilidades de negócios, porém sofre com os preços que estão mais baixos do que em outros anos. De acordo com Enori Barbieri, vice-presidente da FAESC (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina), os produtores conseguiram preços de até R$ 84,00 no ano passado, e agora não chegam perto desse patamar.

“O produtor tem se assustado com o preço do valor de troca. No passado ele conseguiu comprar um pacote de custos para o plantio em um custo x, e esse ano quando ele volta para o mesmo pacote que ele precisa para refazer a próxima safra ele vê que os custos subiram muito e o preço da soja, com relação ao mesmo período do ano passado, caíram”, diz Barbieri.

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