A Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) investiga um surto da doença conhecida como mão-pé-boca no município de Nazaré, Recôncavo baiano, onde pelo menos 16 crianças foram infectadas. Todas são alunas de uma creche e já foram afastadas das atividades. Em Salvador, ao menos 30 casos estão sendo investigados. O número pode variar, já que a doença não tem notificação compulsória.

“É um vírus altamente contagioso, mas não é grave, pois regride espontaneamente. A doença pode acometer os adultos, algo muito raro, mas é normalmente durante a infância, com mais frequência entre os 6  meses e os 3  anos de idade. Não existe vacina. O médico faz uma intervenção de acordo com a sintomatologia”, explica Audacira Teles, coordenadora do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), unidade da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Sesab.

A doença tem sinais característicos: inicia-se com febre alta que é sucedida (cerca de dois ou três dias depois) por pequenas vesículas (espécie de bolhas) com líquido que surgem nas mãos, pés e boca – daí o nome. As bolhas vão se rompendo à medida que a doença evolui.

A transmissão ocorre por via oral/fecal, através do contato direto com secreções (por tosse ou espirro) e com objetos como chupetas, brinquedos ou fezes de crianças infectadas.

Por conta da via de contágio oral, tempos frios são mais propícios para a ocorrência de surtos da doença, já que as crianças costumam ficar mais tempo aglomeradas em um mesmo ambiente.

Segundo Audacira Teles, todas as providências em relação às 16 crianças de Nazaré já foram adotadas. “Elas foram afastadas do convívio com outras crianças de cinco a sete dias, tempo de duração da doença”, afirmou.

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