Uma ideia, uma caneta e a vontade de reverenciar seu ídolo. Essa foi a noite de quinta-feira na vida de Victor Henrique, de oito anos, filho de Larissa Oliveira e Thiago Medeiros. Ele iria com os pais no jogo da seleção, e sua camisa do Brasil era de Neymar. Mas nada que não pudesse ser resolvido com um risco e o nome de outro jogador acima. Saiu o craque do PSG, entrou Everton. E mal sabia ele o que aconteceria em seguida.

Victor ficou sabendo que iria ao jogo da seleção quando voltou da escola. Ele estuda no Instituto Vicente Pallotti, na zona norte de Porto Alegre. E na hora falou para a mãe: “Não tenho camisa da seleção do Everton, só do Neymar”.

O problema foi resolvido com a simplicidade das soluções encontradas por todas as crianças (para tudo, diga-se). O menino perguntou se poderia riscar o nome e escrever outro. Foi devidamente autorizado, e da mãe veio a ideia de puxar um risco do 10 (número de Neymar), para o 19, de Everton. Camisa pronta e foram para a partida contra o Paraguai pelas quartas de final da Copa América.

Por lá registraram o momento com a camisa improvisada na Arena do Grêmio e a imagem viralizou. Tanto que chegou ao próprio Everton.

Ontem (28), surpreso com a repercussão, o menino seguia a vida normal e se preparava para aula quando foi abordado por Cebolinha no Instagram, que é controlado de perto pelos pais. De cara, pintou a dúvida se era de fato o atacante do Grêmio e da seleção. E a resposta foi positiva.

Everton chamou Victor e sua família para irem à concentração do Brasil, recebeu eles com carinho, e presenteou o menino com uma camisa autografada.

“Eles já estavam saindo (para o treino). Ele reconheceu o Victor, deu uma camisa autografada para ele. Foi muito atencioso”, contou.

Victor joga futebol na escolinha do Cruzeiro-RS. Presença frequente na Arena com os pais, o esporte pode até ser o futuro do menino, ainda mais motivado pelo contato com o ídolo Cebolinha. “Ele ama muito futebol, mesmo. Não larga a bola nem para escovar os dentes”, brincou a mãe. “Vamos apoiar sempre. Se tiver que ser, será”, completou sobre a chance do menino acabar como atleta.

Comentário desabilitado.