Poucas empresas têm a mesma reputação do Google quando o assunto é a concentração de talentos. A gigante de tecnologia não apenas atrai algumas das mentes mais brilhantes do planeta, como faz um trabalho contínuo para retê-las em suas sedes pelo globo.

A cultura do Google, que se mantém na ponta há quase duas décadas em um setor tão competitivo quanto o de tecnologia, é também um diferencial na tomada de decisão de acionistas da companhia. Afinal, uma empresa que faz apenas mais do mesmo pode se tornar uma commodity aos olhos do investidor.

No livro “How Google Works” (Como o Google funciona), o ex-CEO Eric Shcmidt e o diretor da divisão de produtos Jonathan Rosenberg fazem uma longa explicação de todo seu processo de seleção de talentos.

Sempre que uma vaga de emprego é aberta, é formado um comitê composto não apenas por representantes do RH, mas também por futuros colegas e gestores. A decisão de contratação pode levar semanas, precisa alcançar um consenso e, talvez o mais importante, ser orientada por dados.

Esse trabalho cuidadoso, um dos principais pilares da empresa, garante um círculo virtuoso. Afinal, os melhores colaboradores atraem mais potenciais aspirantes para trabalhar na gigante.

A partir da contratação, surge uma missão tão importante quanto: a de manter os talentos motivados e com o mindset de crescimento dentro da empresa.

Os ambientes integrados e sem paredes, a horizontalidade nas discussões (de novo, quem manda são os dados) e o incentivo a projetos pessoais (20% do tempo de trabalho deve ser dedicado a eles) são apenas alguns elementos dessa estratégia.

Os melhores gestores, segundo o Google

Mas, mais do que isso, os grandes talentos estão em busca de grandes gestores, isto é, de profissionais que saibam tirar o melhor de cada funcionário. Pensando nisso, o Google iniciou em 2008 estudos para descobrir os impactos de um bom gestor nos resultados de suas equipes.

Batizado de Oxygen, o projeto foi dividido em duas etapas. A primeira identificou as competências comuns entre os líderes dos times de melhor performance da casa.

De acordo com o Google, a divulgação e a incorporação desses comportamentos comuns em treinamentos internos impulsionaram a satisfação e o desempenho dos funcionários.

A segunda etapa foi uma grande pesquisa com os colaboradores da empresa para entender o que eles queriam a mais de seus líderes. A soma das duas fases gerou uma lista de 10 comportamentos, divulgada no re:Work, blog de ideias, pesquisas e boas práticas da empresa.

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