Só há 2 mulheres à frente dos 22 ministérios do governo Bolsonaro: Tereza Cristina (Agricultura) e Damares Alves (Mulher e Direitos Humanos). E embora o presidente tenha dito que cada uma delas equivale a dez homens, há indícios de que uma, na verdade, tem peso maior – dado o destaque e o tratamento que recebe.

Ao longo desses primeiros oito meses de governo, Tereza Cristina tem sido presença frequente ao lado de Jair Bolsonaro (PSL) – seu nome aparece pelo menos o dobro de vezes do que o de Damares na agenda do presidente este ano.

Além disso, Bolsonaro não costuma defender temas com os quais o Ministério dos Direitos Humanos lida, nem promove eventos da pasta no Planalto, ao contrário do que acontece com o da Agricultura. Em março, ao explicar a relevância dos ministros, o presidente chegou a dizer que ouve “até a Damares, que pode achar que é uma ministra com importância não muito grande”.

Ambas foram indicadas como ministras no governo de transição, no ano passado, mas, desde então, é possível perceber distinções no apoio recebido e no estilo de cada uma.

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