A vida pode ser comparada às estações do ano.

Há dias que somos verão. Resplandecemos vida, inspiração, motivação interior. Vivenciamos os percursos da vida com maestria, com firmeza e a intensidade que ela nos pede.

Há dias que somos outono, nos recolhemos dentro de nós mesmos para reconhecimento interior, aprofundamento das nossas emoções. Assim como as folhas, deixamos algumas emoções irem para longe, depois de longa convivência, é hora de renovação.

Há dias que somos inverno. Chove dentro de nós. Reconhecemos que ainda somos pequenos em emoções e atitudes. Um frio nos envolve em reconhecer as nossas fragilidades. As folhas do outono, com as promissoras chuvas e clima úmido, adubam a terra. Assim, esse momento de introspecção serve para fortalecer nossa essência, nos permitindo uma visão melhor de nós e do mundo. Estamos mais seguros para a caminhada.

Há dias que somos primavera. Brota em nós ideias, atitudes, sentimentos de grande elevação, nos permitindo uma vivência mais feliz. Exalamos boas energias como perfumes dos lírios. Germina em nossos dias a alegria de viver, do labor, da partilha, das emoções. Nossa vida floresce como resultado de nós mesmos.
Assim como as estações, precisamos nos reconhecer como seres em construção, que seguem um curso para o amadurecimento, crescimento individual. Mas, sem dúvida, é preciso sensibilidade e coragem para esta travessia que a vida nos apresenta ciclicamente. Caso contrário, seremos reféns das nossas atitudes, que se repetem em ciclos, sem nunca atingir o lume alto da vida.

Seja nos dias quentes, frios, sombrios ou floridos, precisamos ter a certeza, de que tudo passa. O sol se põe, a chuva cessa, as folhas se firmam, as flores se resguardam. Assim, somos nós. Há momentos de nos posicionar, há momentos de nos silenciar, há momentos de olhar para adiante, há momentos de olhar para trás para reconhecer a caminhada feita e, assim, traçar outros percursos, se necessário for.

Não nos assombremos com a estação que nos encontramos, ela é necessária para o nosso crescimento. Coragem. Tudo passa!

*Ananda Lima
Professora e membro da ABL

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