O projeto “Sertão Solar”, que está sendo implantado próximo do aeroporto de Barreiras, está envolvido em um imbróglio judicial milionário. A empresa MOTRICE SOLUÇÕES EM ENERGIA, uma das responsáveis pela implantação do Parque Solar de Barreiras, amplamente apoiado e divulgado pela Prefeitura Municipal como um dos maiores empreendimentos do Brasil no segmento, enfrenta uma cobrança judicial multimilionária da empresa barreirense RHEMA Engenharia.

A implantação do projeto com mais de 300 hectares e produção superior a 116 MW de potência, que é de responsabilidade da ATLAS RENEWABLE ENERGY, segundo fontes ouvidas pela reportagem, está sendo edificada sobre dezenas de dívidas com fornecedores e prestadores de serviço.

De acordo com informações, após realizar inúmeros acordos extrajudiciais com a MOTRICE SOLUÇÕES EM ENERGIA, a empresa RHEMA Engenharia busca executar na justiça contratos de prestações de serviço, locação de máquinas e materiais utilizados nas obras e instalações.

A RHEMA Engenharia teria custeado elementos fundamentais para estrutura de operação do projeto, fornecendo água, cascalho e caminhões pipa, perfazendo mais de seis meses de trabalhos não pagos. Para piorar o cenário, a MOTRICE SOLUÇÕES EM ENERGIA deve encerrar suas atividades em Barreiras nos próximos dias, deixando para trás dezenas de credores.

Segundo pessoas ligadas a RHEMA, a ATLAS RENEWABLE ENERGY, é a responsável pelo parque solar e co-responsável por todas as ações da MOTRICE e não está assumindo esse papel, além de ser devedora solidária, o mesmo que avalista dos contratos.

As atividades da MOTRICE SOLUÇÕES EM ENERGIA no município de Barreiras geraram tantos problemas que a empresa chegou a ser denunciada ao Ministério Público da Bahia, por crime ambiental.

Segundo a denúncia apresentada ao MP-BA, a empresa foi responsável por despejar na natureza inúmeros resíduos de construção, estruturas de placas solares quebradas, óleos e graxas, e, até mesmo, lixo comum (orgânico, papéis e metal). A denúncia realizada estaria umbilicalmente ligada ao calote dado nos prestadores de serviço e fornecedores, pois, recentemente, após a negativa das empresas em continuar oferecendo serviços, a MOTRICE SOLUÇÕES EM ENERGIA teria passado a captar água irregularmente, para garantir o andamento da execução da obra.

O Mais Oeste deixa espaço aberto para que as empresas citadas nesta reportagem se pronunciem sobre o caso.

Fonte//Mural do Oeste

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