Em reunião, os prefeitos das cidades do Oeste da Bahia mostraram toda a sua preocupação ao Governo com a falta de providências urgentes para o atendimento dos infectados na Região com a COVID-19.

De acordo com os prefeitos, eles representam 850 mil habitantes da região e estão alarmados com o modo com que o Estado tem conduzido esta crise de saúde no Oeste, que tem casos confirmados em Barra e Barreiras, e não há mais pacientes confirmados pelo simples motivo de que não esta havendo testagens.

Na carta direcionada para o Governador Rui Costa, os prefeitos escrevem: “Temos que atentar para que somos uma imensa fronteira estadual: Minas Gerais, Goiás, Tocantins e Piauí, portanto suscetível a um trafego de pessoas de difícil controle.   Nos alerta o fato de que até este momento não temos nenhuma ação efetiva realizada no nosso território e nem ao menos uma interlocução continuada”.

As únicas atitudes que deram resultados práticos foram de iniciativas municipais e as da sociedade civil organizada, dizem os gestores. “Hoje, temos um fundo com doações da ABAPA – Associação Baiana dos Produtores de Algodão, que equipará o Laboratório de Analises da UFOB para a testagem do CONVID 19 e fará também a doação de EPIs aos municípios onde a entidade atua. Outro fundo de empresários está realizando a compra de equipamentos de monitoração para pacientes do CONVID 19”, disseram eles.

Fazendo referência ao fato de que o Hospital do Oeste não tem capacidade de atendimento nem para os casos comuns que chegam a Barreiras, os gestores afirmam: “Precisamos urgentemente criar alternativas para que nosso povo não morra por falta de uma disponibilidade, mínima, de leitos disponíveis. Não temos disponibilizado, nem ao menos, um plano regional de contingencia. Não temos uma autoridade estadual de saúde, com poder decisório, na nossa região. Não temos interlocução”.

Os gestores apontam as providências necessárias:

  1. Publicização do Plano Regional de Ação referente ao enfrentamento da COVID-19 na nossa região;
  2. Aumento de testagens e a habilitação pelo LACEM do Laboratório da UFOB para a realização da testagem do CONVID 19, medida sem nenhum custo financeiro para o Estado e fundamental para que haja uma real dimensão da epidemia na nossa região;
  3. Flexibilização dos critérios impostos pelo LACEM para testagem de suspeitos. Hoje torna-se praticamente impossível o cumprimento de tais exigências, resultando em baixíssimo número de testagem;
  4. Equipar a UPA de Barreiras (já disponibilizada pela prefeitura) e a de Santa Maria da Vitória com Leitos de UTI;
  5. Estabelecer o Hospital Eurico Dutra, o Hospital de Santa Rita de Cássia e um dos Hospitais de Barra como hospital de retaguarda;
  6. Montagem de leitos de UTI na Casa de Saúde São João em Barreiras;
  7. Disponibilização da Policlínica Regional do Oeste para uso como centro de triagem e diagnóstico avançado;
  8. Implantar um plano de logística para entrega de EPIs no Oeste da Bahia;
  9. Utilização da estrutura de alojamentos do 4 BEC – Batalhão de Engenharia e Construção como possível unidade de retaguarda para pacientes menos graves.
  10. Planos de logística para coleta de testes e retorno desses no período igual ou inferior à 72h;
  11. Criação de um canal de comunicação direto com o Governo Estadual.

Assinam a carta, além de todos os prefeitos presentes à reunião, os presidentes dos consórcios regionais de Saúde:

Termosires Dias dos Santos Neto – Presidente do Consórcio Público Intermunicipal do Oeste da Bahia

Miguel Crisostomo Borges Neto – Presidente da União dos Municípios do Oeste da Bahia – UMOB

Gilvan Pimentel Ataide – Presidente do Consorcio de Saúde do Oeste da Bahia

Marcão Cardoso – Presidente do Consorcio de Saúde da Bacia do Rio Corrente

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