Na Bahia, mesmo com o avanço da pandemia, a ocupação era baixa nos centros de acolhimento para doentes que precisam se isolar. Mas a procura aumentou depois de uma iniciativa do prefeito, ACM Neto, do DEM, e do governador, Rui Costa, do PT.

Com 85% dos leitos de UTI ocupados em Salvador, a prefeitura e o governo do estado da Bahia endureceram ainda mais as medidas de isolamento. Na periferia, o vírus avança com mais rapidez. No bairro da Liberdade, os casos da doença cresceram 600% em um mês.

Na manhã desta quarta (20), quase 20% dos testes rápidos feitos em moradores de três regiões da cidade deram positivo. “Para os moradores da periferia está sendo difícil. Até porque as casas são próximas umas da outras e para manter o distanciamento entre as famílias, onde tem cinco, seis pessoas dentro de uma casa, fica meio complicado”, conta Cristina Batista, líder comunitária.

Sem o isolamento necessário, as pessoas contaminadas acabam espalhando o vírus. Para tentar cortar a corrente de transmissão e apoiar a população mais carente, o estado instalou dois centros de acolhimento para quem tem quadro leve de Covid-19. Mas, mesmo com refeições diárias garantidas, além de acompanhamento médico e psicológico, a procura era pequena. Foi aí que governo estadual e prefeitura se uniram.

Quem chega passa 14 dias hospedado e recebe R$ 500 pagos pelo estado e pela prefeitura de Salvador, além de duas cestas básicas. “Teve um período que a gente admitia muito pouco ou ninguém diariamente. E hoje alguns pacientes que testaram positivo já ligam para a gente para passar esse período de quarentena aqui”, diz Nay Wendy, coordenadora do centro.

Angélica Cerqueira, desempregada, não queria ir, mas mudou de ideia. “Não foi fácil sair de casa, mas foi necessário. O quarto tem ar condicionado, temos cobertores. Temos a cesta básica e tem ao auxílio para quem está desempregado”, conta.

Novos centros devem ser implantados também no interior. “Esta semana já funciona em parceria com estes três municípios: Ilhéus, Itabuna e Jequié. Eles assumem parte da despesa de hospedagem e o estado assume, além da despesa de hospedagem, também o pagamento dos R$ 500”, explica o governador Rui Costa.

Um apoio importante para ajudar a vencer a doença. “Vai me ajudar para eu me alimentar mais e mais e colocar uma via para eu poder sobreviver. Vocês que se encontram nessa situação, não percam as esperanças, podem vir que aqui é uma benção”, conta um senhor.

Quer mais notícias, clique AQUI: www.maisoeste.com.br

Comentário desabilitado.