O número de médicos mortos pela Covid-19 chegou a 126, segundo dados divulgados nesta semana pelo Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp). Somadas, as mortes chegam a uma média de quase dois médicos por dia desde que o primeiro caso fatal foi registrado entre médicos, no dia 22 de março. Entre as regiões com mais vítimas da área da saúde estão o Rio de Janeiro, com 36 mortes, São Paulo, com 28, e Pará com 25 vítimas fatais da doença.
No total, 41% destes profissionais tinha mais 60 anos e, embora o novo vírus seja mais fatal nesta faixa etária, 25% dessas vítimas tinham entre 41 e 60 anos. Quatro destas vítimas tinham menos de 40 anos. O Simesp mapeou ainda que 83% das vítimas eram homens e 17% mulheres.

O Brasil superou o número de mortes de médicos, em relação a países que tiveram um número muito maior de vítimas fatais, como é o caso da Itália, que registrou mais de 33 mil óbitos, sendo 121 de médicos, de acordo com estudo da Universidade de Oxford.

“Nós temos um crescimento exponencial de casos e de mortes no Brasil então, de alguma forma, o aumento no número de médicos e profissionais da saúde mortos acompanha a curva da população geral. A questão é que ela se agrava com condições adversas de trabalho, falta de equipamento de proteção individual (EPI), serviços mal estruturados e cargas de trabalho extenuantes”, explicou Gerson Salvador, diretor do Simesp.

Mais do que números estatísticos, estes profissionais esperavam cumprir seu trabalho e voltar a salvo para casa ao fim de cada turno. “O que também chama a atenção de todos é o grande número de médicos idosos e com comorbidades trabalhando na linha de frente. Afinal, por que estes trabalhadores já idosos estão expostos ao adoecimento e a morte por Covid-19?”, indagou Salvador. O sindicato está vigilante e cobrando dos empregadores, sejam eles públicos ou privados, bem como dos agentes públicos responsáveis, providências que deem o mínimo de segurança aos profissionais.

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