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Antes mesmo do início do plantio do algodão na próxima safra 2020/2021, os técnicos do Programa Fitossanitário da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) já entraram em campo para monitorar o principal inimigo do cotonicultor: o bicudo do algodoeiro. O trabalho começou com o vazio sanitário e o fim da colheita, em meados de setembro, com a instalação das armadilhas nas principais linhas dos 18 núcleos produtores de algodão da Bahia. Foram instaladas 503 armadilhas, sendo 455 no Oeste e 48, no Sudoeste. As leituras consistem em calcular o nível de infestação com a média de Bicudos por Armadilha por Semana (BAS).

Na primeira leitura, realizada no dia 25 de setembro, foram capturados 2.483 bicudos em 455 armadilhas instaladas na região Oeste, chegando ao índice BAS de 5,46. Na região Oeste, foram 87 bicudos em 48 armadilhas alcançando um BAS de 1,81. “Este monitoramento antes da safra é fundamental para alertar os produtores para a eliminação de qualquer resto cultural que possa elevar a infestação antes do plantio. Os níveis ainda estão considerados altos, e o objetivo com o apoio dos produtores líderes é aumentar a mobilização para que se reduzam ainda mais os índices antes do plantio”, afirma o coordenador do programa fitossanitário da Abapa, Antônio Carlos Araújo.

Dentre as ações para o controle do bicudo, os técnicos promoveram uma série de blitze educativas nas rodovias do Oeste da Bahia, orientando os motoristas de carga para o correto armazenamento e transporte da fibra e do caroço de algodão. “Com o apoio dos produtores, a eliminação de plantas voluntárias, as tigueras, também vem sendo realizada às margens das rodovias em caso de desprendimento de algodão, principalmente onde os produtores têm dificuldade de acesso. Este é um momento em que o setor produtivo precisa estar unido na destruição de qualquer tipo de planta voluntária ou resto cultural, para começar a próxima com reduzidos índices BAS nas áreas agrícolas”, explica o supervisor consultor agronômico e diretor técnico da Abapa, Celito Breda.

“A redução destes índices depende diretamente do produtor, que precisa estar atento para a destruição e respeito ao período do vazio sanitário do algodão. O bicudo é uma praga de controle coletivo, e cada produtor precisa fazer a sua parte. A continuidade das altas produtividades que vem permitindo também a maior qualidade da fibra é fruto do manejo adequado das pragas em todas as etapas, do plantio à colheita. Estar atento às recomendações nesta fase do vazio sanitário vai resultar em ganhos de produtividade e econômicos de todas as áreas agrícolas”, reforça o presidente da Abapa, Júlio Cézar Busato. A semeadura do algodão, que marca o início da safra, será liberada a partir do dia 20 de novembro, prazo que se encerra o período do vazio sanitário na Bahia.

Assessoria de Imprensa Abapa

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