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De acordo com a colunista da Folha de S. Paulo, Mônica Bergamo, o auditor Alexandre Figueiredo Costa e Silva, do Tribunal de Contas da União (TCU), admitiu que foi o responsável por análises que levaram o presidente Jair Bolsonaro a divulgar a mentira de que o órgão questionava metade das mortes por covid-19 no Brasil.

Para sua chefia, o auditor disse que fez uma análise pessoal e comentou com o pai, que é militar e amigo pessoal de Bolsonaro, para quem teria repassado o conteúdo. O presidente divulgou o relatório como se fosse um relatório oficial do TCU e ontem admitiu que isso não era verdade, dizendo que foi ele quem elaborou a tabela com supostos números de supernotificação da covid nas cidades brasileiras.

As análises do auditor não fizeram parte de nenhum relatório do TCU. O documento chegou a ser postado em um sistema de comunicação interna dos auditores, mas foi recusada por não ter solidez técnica. A argumentação é de que para conseguir mais repasses do Ministério da Saúde, governadores e prefeitos inflariam o número de mortes. As notificações de óbito são feitas por médicos e unidades de saúde, contudo. Para existir o esquema, precisaria envolver milhares de profissionais da área de saúde. O auditor não trouxe dados para comprovar.

O caso foi parar na corregedoria do TCU, que vai enviar um relatório à presidente do órgão, Ana Arraes, propondo abertura de processo disciplinar contra Costa e Silva. Enquanto isso, ele deve ser afastado de maneira preliminar do cargo de auditor, enquanto responde ao processo.

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