A morte de um homem de 41 anos no Brasil, vítima da varíola dos macacos, é a primeira fora da África registrada no atual surto da doença, de acordo com os dados mais recentes disponíveis em relatório publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O documento da OMS compila dados dos casos e de mortes notificados até 22 de julho e foi publicado na segunda-feira (25). Ao longo desta semana não houve óbitos divulgados na Europa ou em outros países.

Por isso, a morte ocorrida em Minas Gerais é atualmente considerada a sexta no mundo desde que o atual surto foi verificado. Horas depois da confirmação no Brasil, a sétima morte no mundo foi declarada na Espanha, a primeira na Europa. Antes dos desfechos no Brasil e na Espanha, três mortes já tinham sido registradas na Nigéria e outras duas na República da África Central.

Perfil do paciente brasileiro

A vítima brasileira tinha graves problemas de imunidade, e estava internado no Hospital Eduardo de Menezes, em Belo Horizonte. Ele morreu na quinta-feira (28). O secretário de estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, disse que o paciente que não resistiu estava em tratamento oncológico (linfoma) e era imunossuprimido.

“É importante destacar que ele tinha comorbidades importantes e graves, severas, para que não leve a um grande alvoroço na população, achando que a letalidade é alta. A letalidade continua sendo muito baixa”, afirmou o secretário.

A varíola dos macacos é transmitida de uma pessoa para outra por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama.

A doença geralmente se resolve sozinha (é autolimitada) e os sintomas costumam durar de 2 a 4 semanas. Casos graves podem ocorrer, mas a varíola dos macacos é bem menos letal que a varíola humana, erradicada em 1980.

*G1

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