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O senador Jaques Wagner (PT-BA) confirmou oficialmente na noite de segunda-feira (28), que não irá disputar o governo da Bahia na eleição deste ano. O PT governa a Bahia desde a vitória do próprio Wagner sobre o carlismo em 2006 – desde então, foram quatro mandatos com ele e Rui Costa.

A decisão de Wagner foi anunciada numa reunião do diretório estadual, com a presença de deputados estaduais e federais, prefeitos e vereadores. Tanto Wagner quanto o PT, no entanto, disseram que a decisão não significa que o partido não terá candidato ao governo.

“A retirada da minha candidatura não implica a retirada da candidatura do PT. Quem decidirá se terá candidatura ou não, não sou eu, será o partido”, afirmou Wagner. Na reunião, os dirigentes petistas lembraram que o sétimo congresso do PT decidiu que o partido vai encabeçar a chapa majoritária ao governo. A outra opção seria a legenda apoiar o senador Otto Alencar (PSD-BA), que é aliado do petismo na Bahia. Outra sigla que integra a composição é o PP do vice-governador João Leão. Na reunião, Wagner enfatizou a necessidade de a aliança entre os partidos ser mantida.

Lídice pede debate entre partidos após desistência de Wagner

A deputada federal Lídice da Mata (PSB-BA) disse enxergar que a decisão de Jaques Wagner de deixar a pré-candidatura ao Governo do Estado deveria ser mais debatida com os partidos que compõem aliança com o PT a nível estadual, que são PSB, PCdoB, PSD e PP. “A boa política indica que deve ser uma decisão coletiva. Nós não podemos continuar participando desse processo dessa maneira”, disse Lídice na manhã desta terça-feira, 1º, em entrevista ao Isso É Bahia, na rádio A TARDE FM.

Questionada se o Partido Socialista Brasileiro (PSB) poderá sugerir um quadro para o lugar de Wagner, a deputada federal disse que todas as decisões devem ser conversadas e que não há veto com relação à possibilidade de Otto Alencar (PSD) se tornar o candidato a governador do grupo. “Eu não acredito em veto de nenhuma parte, o que existe é debate político. Análises de condições de cada pessoa para representar o conjunto das expectativas de uma aliança política. O que eu não acho, no entanto, é que essa aliança política é exclusiva de três partidos, ou de dois partidos”.

Como a mudança de pré-candidato na Bahia deve gerar impacto nacional, Lídice enxerga o momento como oportuno para estreitar laços entre os partidos que formam a base. “O presidente Lula é parte dessa discussão. Eu imagino que o PT nacional vai fazer parte desse debate, assim como o PSB [nacional] e os outros partidos. Lula é um candidato necessário para o Brasil”. PT e PSB negociam para formarem uma federação partidária, mas o principal entrave está no estado de São Paulo, em que os dois partidos têm pré-candidatos que não querem abrir mão da corrida eleitoral no estado, Fernando Haddad (PT) e Márcio França (PSB).

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