Definitivamente o ano que vai se findando não cansou de nos surpreender a cada instante. Nem o mais criativo roteirista seria capaz de criar tal trama. Ao invés de um fracasso anunciado assistimos a uma Olimpíadas que nos orgulhou, desde a cerimônia de abertura até o encerramento. A chama olímpica na Candelária ao alcance dos olhares daqueles que não poderiam estar no Maracanã foi de felicidade ímpar, enquanto uma ausência na cerimônia de abertura mostrou que coragem é artigo para poucos.

Da batalha política, vimos emergir dos bastidores um cenário dantesco, onde as entranhas do poder foram expostas, transformando ídolos em pulhas e preservando pulhas como ídolos fossem. Embora, estejam todos devidamente registrados na extensa lista de apelidos da maior empreiteira de nossa pátria.

Descobrimos que todos teremos que trabalhar muito mais para ter direito a aposentadoria, ao mesmo tempo que podemos nos tornar doadores indiretos de 87 bilhões em patrimônio da União para as operadoras de telefonia. Incrível!

Tudo isso nos faz lembrar do “General”, personagem de Jô Soares de 1985, que ao acordar de um coma profundo, após seis anos, descobria que o presidente era um civil, Sarney, e pedia desesperadamente, “me tira o tubo, me tira o tubo! ”.  Seria apenas mais um personagem, ou, uma clarividência do que estaríamos por enfrentar?

Vimos a solidariedade brotar em todos os cantos deste planeta, a cada tragédia natural, ou, a cada atentado ocorrido. Nos emocionamos e porque não dizer nos surpreendemos com nossos vizinhos colombianos, pela eficiência, pela humanidade, e por ainda nos chamar de irmãos. Logo a nós que somos convencidos pela mídia tupiniquim que temos muito mais valor do que eles. Faríamos o mesmo?

Também vimos o Papa Francisco vivendo o que prega o cristianismo; humildade, serviço, serenidade, fraternidade e questionamento quanto ao caminho a ser seguido. Percebemos nitidamente nele a presença do Senhor e nos seus atos os ensinamentos de Cristo.

Como o Natal é tempo propício para reflexão, confraternização e renovação, desejamos a todos uma Feliz Noite de Natal! Cada um ao seu modo, dentro do seu costume, dentro de sua crença, ou, até descrença, porque o importante é que acordemos amanhã renascidos, renovados na certeza que somos todos passageiros desta nave mãe chamada Terra, e que temos como tarefa principal, conduzi-la a um futuro melhor, mais solidário, mais humano, mais justo, onde tenhamos todos direito ao trabalho digno, a saúde e educação de qualidade, e que ao final de nossa jornada possamos ouvir de nossa descendência que nossa luta valeu a pena!

É Natal! Tempo de Alegria, tempo de Esperança! Um fraterno abraço a todos!

Até a próxima!

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