E então, fim de férias para alguns, começa realmente o ano de 2017. Quero saudar os leitores(as), desejando-lhes, um Feliz 2017, que todos, com saúde, possamos aproveitar este ano, para trabalharmos incansavelmente por melhorias em nossas vidas, na nossa cidade e no nosso país. Eu ia dizer mundo, mas parece que o Trump já está cuidando disso. (brincadeira…). O ano, já começa impactado pela morte do ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato, no Supremo Tribunal Federal. Há dias, que não se fala em outra coisa, senão, nas possibilidades, que a tragédia, traz ao já turbulento cenário nacional. Enterrado Teori Zavascki, todos sabem que as vidas seguem e com elas as incertezas do andamento do processo da Lava Jato, em relação aos políticos. No Supremo Tribunal Federal pairam nuvens negras, onde, há muito, os ministros da alta corte se digladiam em opiniões nem sempre fundamentadas juridicamente, e sim, em debates contaminados pelo viés político. A população brasileira teme, com fundadas razões, que a morte do ministro Teori, ajude a reforçar o movimento político que contamine o judiciário, pelo abafa da Operação Lava Jato. Assim, os mais influentes políticos brasileiros, sejam do PT, PMDB, PSDB, PP, entre outras agremiações partidárias, poderiam se safar de punições, principalmente do arranhão da imagem junto aos eleitores. Lembremos que em 2018, teremos eleições presidenciais e muitos postulantes, foram citados nas delações dos empresários corruptores. Na Itália, um acordão entre a classe política foi minando a Operação Mãos Limpas e ao final, muitos políticos se safaram ou tiveram uma pena branda a cumprir. O que ocorrerá com a Lava Jato? Por certo irá continuar, talvez não no mesmo ritmo, nem tão avassaladora como tem sido causando a ruína do sistema político brasileiro. Tenho a leve impressão, que a despeito do sentimento do brasileiro comum, os poderosos de Brasília, entre conversas de gabinetes e de restaurantes, darão um jeito de diminuir as luzes dos fortes holofotes que desnudaram o sistema de financiamento politico partidário, neste país. Haverá, com certeza condenação de alguns, mas, no final, alegando que será para o bem geral da governabilidade e estabilidade política, conseguiram freara voracidade dos procuradores da República. É lamentável. É imoral. O Brasil perderia uma grande oportunidade de atacar a sua doença crítica que é a corrupção. Contudo, trata-se da tendência. Veja-se que articulam-se as eleições de Eunicio Oliveira para presidência do Senado e Rodrigo Maia para presidência da Câmara. Com a negativa do presidente Michel Temer em

indicar um novo ministro do STF, esperando que a Ministra Carmem Lúcia, defina com quem fica a relatoria da Lava Jato, provavelmente, seguindo o regimento interno, o novo relator será alguém da Segunda Turma do STF, no caso, Dias Toffoli, Lewandowski, Gilmar Mendes ou o decano Celso de Mello. Imagina-se que qualquer destes, com exceção de Celso de Mello, causará indignação ao povo brasileiro, sejam de esquerda ou direita. Qual o futuro da Lava Jato? Dizem nas redes sociais, que 2016 não terminou.

Bobagem! 2017 é que começou com fortes emoções.

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