Foto//Divulgação

Um programa para identificação de plantas nativas do Cerrado a partir de descrições morfológicas e de análise de textura. Este foi o objetivo e, também, resultado, de uma parceria entre o Parque Vida Cerrado, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (campus de Barreiras) e o estudante do curso técnico em informática à época, Gabriel Van Der Schmidt.

Procurado pelo estudante em 2017, o parque forneceu folhas e informações sobre as plantas nativas do Cerrado para abastecimento do banco de dados, treino e avaliação do programa. “Esse apoio do parque foi fundamental para a realização do projeto. Permitiu a observação de algumas das limitações da nossa abordagem inicial e, também, a mitigação delas na pesquisa, mas o resultado mais importante foi me descobrir como pesquisador e revelar minha paixão por inteligência artificial. Por isso, agradeço muito ao parque e às empresas que o patrocinam, por apoiarem estudantes que querem fazer pesquisa, mesmo no ensino médio e técnico. Este pequeno projeto que fizemos é a semente de muitos outros que estão por vir”, destaca.

O técnico em informática, que comemora a sua aprovação para o curso de bacharel em Inteligência Artificial pela UFG, agora busca viabilizar, através do apoio de parceiros, o prosseguimento do projeto por meio de novas pesquisas e adequações do programa, a fim de tornar a ferramenta ainda mais eficiente, atrativa e amigável ao usuário, permitindo o seu uso aos profissionais técnicos, mas também o seu compartilhamento com a comunidade.

“Inicialmente, biólogos, taxonomistas e outros profissionais da área que trabalham com plantas do Cerrado seriam o público-alvo principal deste programa, que teve um caráter bastante experimental, visto que foi fruto de um projeto de pesquisa realizado por um aluno de ensino técnico. Mas, diante da carência de informações específicas sobre a flora do Cerrado e da necessidade de contarmos com ferramentas que sirvam como fonte de lazer e informação para a comunidade, o programa poderia prestar esta função educativa e social. Estou aceitando toda a ajuda possível para dar prosseguimento a este projeto”, destaca.

Para a bióloga e coordenadora do Parque Vida Cerrado, Gabrielle Bes da Rosa, este é o tipo de ação que denota um dos principais compromissos do parque, como primeiro e único centro de conservação da biodiversidade, pesquisa e educação socioambiental do Matopiba. “Através desta iniciativa e inúmeras outras, o parque reitera a sua missão na disseminação de conhecimentos, agregando na formação de profissionais de toda a região e, principalmente, na aproximação da comunidade à conservação do Cerrado. Ao Gabriel, boa sorte e que venham muitas outras realizações acadêmicas e profissionais. Viva à pesquisa, viva à educação e viva à integração entre as instituições”, comemora.

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