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O governo Jair Bolsonaro recusou, em 2020, vacinas da Pfizer à metade do preço pago por Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia, que negociaram o imunizante por cerca de US$ 20 cada dose. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, até 70 milhões de doses da Pfizer poderiam ter sido entregues a partir de dezembro de 2020 por US$ 10 cada. Porém, 4 meses antes, o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, considerou as vacinas caras.

Em abril, o governo federal quebrou cláusula de confidencialidade com a Pfizer ao publicar na internet o contrato assinado com a empresa para a compra dos imunizantes. O Planalto pagou os US$ 10 por dose, mas as primeiras vacinas da Pfizer chegaram só em abril de 2021.

Ao depor na CPI da Covid, o gerente-geral da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, disse que governo brasileiro recebeu 6 propostas para comprar vacinas da Pfizer contra a covid-19 até fechar contrato com a farmacêutica. Segundo ele, a farmacêutica queria fazer do Brasil uma vitrine da vacinação.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI, contabilizou 53 e-mails enviados pela Pfizer ao governo a partir de agosto cobrando resposta sobre a oferta das 70 milhões de doses.

Segundo o congressista, a última mensagem online, datada de 2 de dezembro de 2020, é “um e-mail desesperador da Pfizer pedindo algum tipo de informação porque eles queriam fornecer vacinas ao Brasil”.

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