Após um mês do primeiro óbito relacionado ao novo Coronavírus, denominado COVID – 19, que ocorreu aqui no Brasil em 17 de março, eu percebo, conforme gráfico abaixo, uma tendência de queda no percentual de crescimento de óbitos quando comparado com o dia anterior. Durante este período já tivemos uma fase curta com crescimento de 60% e de 30% que durou 8 dias, uma fase maior de 20% que durou 14 dias e nos últimos 10 dias tivemos uma média de crescimento de 10%, o que irá fazer com que os números de óbitos no Brasil sejam abaixo do previsto.

Por ser um novo tipo de Coronavírus, o meio médico ainda não conseguiu definir, de forma clara, como ele irá se desenvolver em cada local, além de como enfrenta-lo da forma mais eficiente. O que eu percebo claramente é que ele tem se propagado e apresentado uma letalidade maior ou menor dependendo das condições que se apresentam em cada localidade.

Podemos pontuar como condições que estão se mostrando mais propicias ao alastramento deste vírus, a temperatura mais fria e a quantidade de pessoas por metro quadrado em cada cidade, já na questão da letalidade podemos pontuar a idade elevada, porque a pessoa normalmente possui outras doenças pré-existentes, o tabagismo, a obesidade e a própria condição do sistema de saúde em absorver tantas pessoas que irão precisar de UTI para o tratamento.

Quando esta doença chegou ao Brasil, já sabíamos que estávamos diante de um vírus com uma capacidade alta de contágio e diversas medidas foram tomadas visando o isolamento social para poder evitar a saturação do sistema de saúde através do achatamento da curva de novos doentes. Naquele momento, diversos cenários foram traçados tomando como base o que já estava ocorrendo em outros países, como por exemplo, a Itália.

Acontece que, as previsões não estão se concretizando e os números de óbitos estão bem abaixo mesmo nos cenários mais otimistas. Para atingir este resultado, eu acredito que dois fatores estão sendo determinantes: o primeiro é o isolamento social, não apenas entre as pessoas, mas também entre as cidades, com a proibição de circulação de diversos meios de transporte e com as barreiras nas entradas de cada município com o monitoramento dos passageiros.

O segundo fator é a utilização da hidroxicloroquina associado ao antibiótico azitromicina nos primeiros dias da infecção pelo vírus. Este protocolo já foi autorizado pelo Ministério da Saúde e ANVISA e está tendo grande sucesso em todo país. De acordo com a Dra. Nise Yamaguchi, médica do Hospital Israelita Albert Einstein e componente da equipe que está coordenando as ações do governo federal, “É necessário combinar ousadia e conhecimento. Sabemos como se comporta esse vírus e já está claro que o uso da hidroxicloriquina reduz a carga viral e salva a vida das pessoas. Ademais, não estamos falando de introduzir um novo medicamento, mas de usar um produto que está no mercado há mais de 70 anos, na forma de quinino”.

Portanto, o que eu pude constatar com a análise do percentual de crescimento de óbitos, principalmente com a média dos últimos dez dias em 10%, é que estamos no caminho certo na luta contra a COVID-19 e que juntos sairemos vitoriosos desta batalha.

*André Braga

Empresário  e Formado em Direito pela FIB/Estácio de Sá

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