Os dados coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), em 2022, mostram que mais de 1 milhão e 900 mil casas na Bahia não têm rede de esgoto. O número alarmante representa 40,5% das residências baianas que possuem algum tipo de banheiro, e evidenciam que a coleta por rede geral ou fossa séptica é o serviço de saneamento básico com menor cobertura no estado.

A deficiência no saneamento reflete no abastecimento com água potável: 771 mil imóveis baianos não têm acesso. Esse problema não atinge apenas as cidades interioranas. Em Salvador, por exemplo, diversas comunidades não têm recolhimento de lixo, esgoto e água encanada. Uma delas é a Vila Atalaia, que fica no bairro de Cassange.

Para o engenheiro sanitarista Jonatas Sodré, a falta de coleta e tratamento do esgoto gera uma reação em cadeia, afetando outros serviços. “A falta de esgoto leva também a um problema de drenagem urbana, que leva a um problema de saúde pública, que faz com que as crianças deixem de ir para a escola, que faz com que as mães deixem de trabalhar, e isso acomete principalmente as populações mais vulneráveis”, avaliou Jonatas.

Fonte//G1 – Foto//TVBahia

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