“Mundo, mundo, vasto mundo

Se eu me chamasse Raimundo

Seria uma rima, não seria uma solução

Mundo, mundo, vasto mundo

Mais vasto é meu coração”.

O poema sete faces de Carlos Drumond de Andrade fala de um Raimundo, mas este Raimundo que vos falo é o meu pai Raimundo, que ao contrário do homem do poema, este Raimundo tinha muitos amigos, era sorridente e amado.

Ele nasceu, cresceu, mas na verdade nunca deixou de ser uma criança. Criança as centenas que o amavam, admiraram e respeitavam.

O meu pai Raimundo forjado no leito de uma dezenas de irmãos, era também o marido Raimundo de uma Nazide, que o teve como seu primeiro e único namorado. Paixão de juventude, amor de uma vida inteira, cumplicidade nos últimos anos e principalmente nos últimos momentos.

Ele também era o avô Raimundo, De um Roninho que ao nascer quase enfartar o avô de tanta emoção, de um Ronald que o deixou orgulhoso com mais um neto na família, avô de uma Renata que o coração dele não se conteve com aquela meniminha olhos.

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