Barreirense que morou no Canadá comenta sobre o fim do Ciências sem Fronteiras

Kawan Moura 

O Ciências sem Fronteiras, programa implantado no governo Dilma que financia os gastos para alunos de graduação e pós graduação estudarem no exterior, chegou ao fim, de acordo com jornal O Globo, em informações divulgadas neste domingo (2). O Ministro da Educação,  Mendonça Filho, declarou que os gastos para manter 30 mil estudantes fora do país seriam suficientes para bancar a merenda escolar de 40 milhões de alunos da educação básica.

Tratar educação como “gasto” é muita ignorância. É preciso pensá-la como investimento e expor os cálculos do retorno que proporciona à economia brasileira.

O Barreirense Kawan Moura foi um dos beneficiários do programa Ciência Sem Fronteiras  e falou sobre a experiência vivida no Canadá ao  Site Mais Oeste:

“… O Ciência sem Fronteiras me proporcionou uma expansão do meu conhecimento em relação ao mundo e em relação ao meu campo de trabalho. Contribuiu para minha formação profissional, porque tive a oportunidade de cursar disciplinas diferentes das que cursei aqui. É uma experiência única porque tive contato com uma cultura e pessoas diferentes. O programa também possibilitou que eu aprimorasse o meu conhecimento da língua inglesa…”

Perguntado sobre o fim do Ciências sem Fronteiras ele respondeu:

 “… O  fim do programa é uma péssima notícia para a maioria dos estudantes universitários, porque muitos daqueles de baixa renda não poderão ter a oportunidade de participar de uma experiência como essa. Acho que o programa deveria ser reformulado e mais bem aplicado…”
Kawan morou em Fredericton, New Brunswick  Canadá por um ano e hoje trabalha no IBGE  em Florianópolis.

A decisão de colocar um fim ao Ciência sem Fronteiras foi uma das primeiras tomadas pelo governo. E assim que o anúncio foi feito, o Globo fez um editorial, elogiando, como mostra a imagem que abre esse post.

Ao que parece não interessa às elites brasileiras que tenhamos uma juventude educada, sobretudo oriunda de classes humildes, com instrumentos intelectuais para lutar por um país menos desigual.

#Lutopelaeducação.

Reportagem:

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