“Adeus damas, bem vindo xadrez”- Por Mário Machado Júnior

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Se nem com bola de cristal conseguimos adivinhar o que o futuro nos reserva em relação as eleições municipais, então é chegado o momento de abandonarmos um certo tipo de jogo e emplacarmos um novo, o xadrez.

O xadrez pela tradição oral é um jogo de alta estratégia, concebido no oriente médio há muitos e muitos anos, conta com 64 casas para movimentação de suas peças, 8 peões, duas torres, dois bispos, dois cavalos, um rei e uma rainha. Segundo a lenda o criador do jogo teria pedido um grão de arroz ou trigo ou milho pela primeira casa, dois pela segunda e assim sucessivamente, sempre dobrando o valor anterior. Após cálculos viu o sultão que seria impossível pagar e nomeou o artista como seu Grão-Vizir, talvez por conta do pedido de grãos, nasceu o cargo.

Mas voltando aos nossos dias e a nossa realidade temos que entender que acabou no ultimo fim de semana o jogo de damas e que agora começa o verdadeiro xadrez político.

Jogar xadrez exige inteligência, raciocínio, muita percepção de futuro, pois o verdadeiro enxadrista joga agora mas já vislumbra pelo menos três jogadas a frente. Em LEM temos grandes jogadores de dama, de ludo, porém ínfimos jogadores de xadrez seja a frente das estratégias, seja na retaguarda dos plantéis políticos.

Não concebo o jogo político desprovido de estrategistas, se isso ocorre o fracasso é iminente e o preço a se pagar extremamente alto. Vejamos os componentes do xadrez político:

PEÃO – nada mais são do que aqueles que vão a frente dos seus candidatos, são jogados de um lado para o outro, no fim, menosprezados. Só andam para frente, mas “comem na diagonal”, estratégia simplista para quem não passa de peça descartável.

TORRE – são aqueles que guarnecem o castelo da política. Andam para frente, para trás, para os lados sempre em linhas retas angulares. Não passam de guarnecedores do front, porem não detém poder algum, pelo menos de forma direta.

CAVALO – guardiões fiéis do candidato poderiam até dizer que são o suporte do político. Tem um andar e ato de capturar as peças adversárias com um estilo todo próprio, pois andam 3 casas para frente e uma para o lado. É o típico personagem que tem que se tomar todo cuidado.

BISPO – ao contrário do que possa parecer esta peça não guarda nenhum cunho religioso, é apenas mais um guardião do jogo. Anda em diagonal, para frente para trás, quando também come, sendo cada bispo responsável por uma linha de casas, brancas e pretas.

RAINHA – a “verdadeira estrela” do jogo, pois movimenta-se para todas as direções e extremamente cobiçada. Equiparo-a ao braço direito de qualquer político. Todo cuidado com ela é pouco. Pode ser o estrategista da campanha.

REI – por fim o candidato, o político que dá a cara a tapa, porém extremamente contido em seus movimentos, se verdadeiramente for um político. Anda uma casa de cada vez, em qualquer direção, mas com cautela, prudência e inteligência. Ate o momento que caia!

Pensem bem eleitores.

Reage LEM, ainda há tempo!

Aos sábados, das 7 as 9 horas na Rádio Moderna FM de Luís Eduardo , 92,1 MHz, o programa MÚSICA, ETERNA MÚSICA.

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