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O secretário estadual da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, disse em entrevista nesta segunda-feira (30) que o estado possui número de casos da Covid-19 que “remontam ao início da pandemia”. O secretário revelou preocupação, falou do possível aumento na taxa de letalidade e das ações pensadas pelo governo para atender aos pacientes com a doença que estiverem nos hospitais.

Para ele, a elevação de dados era previsível, pois estava sendo possível enxergar uma flexibilização fora de controle em todo o estado, com a a realização de carreatas em eleições, além de festas. No sábado (28). A Bahia dobrou o número de contaminados pela Covid-19 em 24h e registrou 4.204 casos.

“A população não conseguiu se desmobilizar da forma como se mobilizou, e esses fenômenos pré-eleitorais foram responsáveis por alavancar isso em todo o país. Aconteceu em São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Rio de Janeiro e aqui na Bahia já temos uma semana, indo para duas, de aumento sucessivos do número de casos ativos, casos notificados e número de testagens no Laboratório Central, e de notificações por parte dos municípios”, disse.

O secretário informou que embora não haja, nesse momento, uma elevação da taxa de mortalidade, é possível que isso venha a acontecer ao longo das próximas semanas. “Não é uma doença que mata nos primeiros dias, é uma doença que, quando mata, demora na maioria das vezes um mês, a pessoa fica internada em UTI. Então, é possível que, ao longo das próximas semanas, vamos começar a ver um aumento da taxa de letalidade”, revelou.

Fábio Vilas-Boas também falou sobre a ocupação nos hospitais. Na cidade de Barreiras, por exemplo, a ocupação era de 45% na semana passada. Agora, a semana começa com 72% de ocupação. O número de pessoas infectadas pelas doença subiu e 100 pessoas morreram no município.

“Nosso sistema hoje esta mais pressionado do que esteve no começo do ano. Estamos vendo agora, e é uma coisa que esta acontecendo no Brasil, uma coexistência das doenças tradicionais, acidentes de carro, de moto, infarto, AVC, cirurgias que vinham acontecendo eletivas com necessidade de UTI e demanda do Covid. Então, o sistema está duplamente pressionado, pela volta à quase normalidade que algumas pessoas estão encarando, e a Covid voltando a recrudescer”, disse.

Para reforçar o atendimento aos pacientes baianos que vão em busca do serviço público de saúde, o secretário informou que está articulando a reabertura de diversos leitos em hospitais que já tinham sido fechados.

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