O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deixou a prisão em Curitiba após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira (8). Preso desde 7 de abril de 2018 na Superintendência da Polícia Federal (PF), ao sair, ele fez um discurso no qual agradeceu a militantes.

A saída do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da prisão reacendeu o clima de polarização observado durante as eleições presidenciais de 2018. O petista saiu da cadeia já fazendo críticas ao governo. O presidente Jair Bolsonaro adotou o silêncio, mas não demorou para que filhos dele ampliassem o tensionamento com opositores. As redes sociais, por sinal, entraram em ebulição e voltaram a refletir as disputas entre os polos.

Na visão de parlamentares e de especialistas, a tendência nos próximos dias será a acentuação do embate e o consequente impacto nas eleições municipais de 2020.

Primeiro final de semana livre

O ex-presidente Lula dormiu em um hotel em Curitiba nesta sexta-feira (8) e viaja para São Bernardo do Campo, em São Paulo, na manhã deste sábado (9). Ao chegar em São Paulo ele vai participar de um ato politico em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, marcado para as 10h da manhã.

Onde vai morar?

Em entrevista, Lula falou que não tem mais nada que o prenda a São Bernardo do Campo, no ABC paulista, onde vive há anos e criou sua carreira política. Ele pensa em morar na região Nordeste, tendo como principais alternativas cogitadas a Bahia e o Rio Grande do Norte, além do estado natal, Pernambuco, assim que deixar a prisão.

Lula pode ser candidato?

Lula foi condenado por três instâncias no caso do tríplex de Guarujá (SP), da Operação Lava Jato: a Justiça Federal, o TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) e o STJ (Superior Tribunal de Justiça). Por ter sido condenado em segunda instância, o ex-presidente passou a ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa, ficando inelegível. Nesse cenário, mesmo solto, Lula não pode ser candidato. 

A defesa do ex-presidente, no entanto, também tenta anular a condenação do caso do tríplex no STF. Neste recurso, os advogados de Lula questionam a atuação do ex-juiz Sergio Moro nos casos que tramitam em Curitiba: além do processo do tríplex, há ainda os do sítio de Atibaia (SP) e do Instituto Lula. 

O pedido começou a ser julgado na 2ª Turma do Supremo, mas foi interrompido por um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes. Os ministros Edson Fachin e Cármen Lúcia já votaram contra a anulação da sentença. Mendes, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski, que também integram a turma, devem votar para que a condenação seja revogada.

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