Os sucessivos crimes de vandalismo e furtos de fios de cobre do sistema de telefonia móvel em Barreiras foram pauta de um encontro entre representantes da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária, Secretaria de Meio Ambiente, provedores de internet e empresas de telefonia móvel. A pedido do secretário de Segurança Cidadã e Trânsito, Júnior Sampaio, a reunião discutiu estratégias para serem postas em prática em Barreiras, com o objetivo de inibir as ações por parte dos criminosos. O evento foi nesta quarta-feira (23), na sede da Secretaria.

“Fomos procurados pelo representante do setor de segurança da OI, que mostrou vídeos e números dos constantes furtos em diferentes pontos de nossa cidade. Imediatamente buscamos estruturar uma força tarefa, com a união de todas as entidades ligadas à questão, para, dessa forma, conter esses crimes. Além dos prejuízos financeiros a comércios e empresas, a interrupção da internet provocada pelos vândalos traz impactos incalculáveis em setores como saúde, educação e comunicação”, destacou o secretário Júnior Sampaio.

A estratégia apresentada contempla quatro fases distintas, já iniciadas com a identificação dos autores dos furtos, em sua maioria, usuários de drogas, funcionários das próprias empresas de manutenção e ainda, ações de vandalismo isoladas. A segunda fase prevê a sensibilização das entidades públicas sobre a gravidade da questão, seguida da terceira etapa que será a força tarefa para coibir os crimes. Finalmente, a quarta etapa fará a manutenção da operação de fiscalização como forma de evitar o reinício dos furtos.

Segundo os representantes das operadoras, os prejuízos são ainda maiores quando os criminosos não conseguem distinguir entre os fios de cobre e os de fibra ótica, que não possuem cobre e, neste caso, não servem para abastecer o mercado ilegal de compra e venda do metal. “A gente quer muito barrar esses furtos e depredações. Todas as grandes empresas estão ancoradas nos dados móveis oferecidos pelo sistema de telefonia móvel, quando ela é suspensa, os usuários são prejudicados diretamente, imagine que podemos ter um Samu parado, por exemplo”, evidencia o gerente comercial da Oi, Ivelton Souza.

Ferros velhos e sucatas – Quase a totalidade do cobre retirado durante as ações criminosas é vendida aos ferros velhos e depósitos de sucatas. A força tarefa prevê a parceria entre Vigilância Sanitária, Secretaria de Meio Ambiente e Corpo de Bombeiros, para fiscalizar estes pontos e cobrar dos proprietários as licenças e alvarás de funcionamento. A prática busca evitar a clandestinidade e a intercepção do material oriundo de furto.

Dircom

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